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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Moçambique tem maior herança musical na CPLP

Mocambique tem maior heranca musical

Concluiu um estudo do investigador alemão Paul Vergon. 

Dos territórios de língua portuguesa, Moçambique foi o quarto a ter gravações regulares de artistas locais desde os anos 60 até aos dias de hoje, conclui um estudo do investigador alemão Paul Vergon. 

Para Vergon, a produção musical moçambicana foi diversa e extensiva que tem o privilégio de dispor, hoje, de uma vasta cultura musical desde as mais tradicionais peças folclóricas até aos sucessos populares das décadas passadas, coisa que definitivamente não aconteceu com o Brasil e Portugal. 

“Apesar da incrível e notória musicalidade de todos os povos do continente africano, não era possível acreditar que Moçambique naquela época tivesse artistas a gravar e a vender discos com muita facilidade nos países do primeiro mundo”, refere. 

O investigador adiciona que mais do que ser um dos maiores repositórios de musica nacional, dos territórios de língua portuguesa, Moçambique foi o quarto a ter gravações regulares de artistas locais, sendo o primeiro Portugal, seguido de Brasil. 

O académico refere que as primeiras gravações foram realizadas na ex-Lourenço Marques e na capital de Sofala, Beira. “Lá, uma variedade imensa de artistas locais fizeram gravações, em especial grupos de marimba, corais, solos de mbira (piano de polegar) e guitarristas bastante ricos em essência”, acrescenta.  

Vergon acrescenta que na altura não havia gravadoras, nem engenheiros de som e muito menos técnicos que garantissem a difusão musical, sendo os responsáveis pela difusão musical ingleses e alemães, que visitavam o país e exploravam novos mercados. 

Paul Vergon reporta ainda que o poder aquisitivo dos moçambicanos da época andava em alta, pois muitos trabalhavam nas minas de ouro de Joanesburgo, na vizinha África do Sul, e com o seu salário adquiriam muita música recém introduzida em discos. 

BONS ARTISTAS DA ÉPOCA 

O investigador faz uma referência interessante sobre o facto de Moçambique, desde sempre, ter tido os guitarristas da etnia changane mais conhecidos em África e em vários locais do mundo. 

Cita como exemplos os artistas Pedro Matabela, Aurélio Kowano, Filipe Sithole e Feliciano Gomes.  

Vergon revela um pormenor curioso, quando diz que os mesmos guitarristas apostavam na marrabenta como um ritmo moçambicano nacional, mas alguns membros da comunidade portuguesa que residia no país confundiam-na como o samba do Brasil.

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